NOSSOS FAMILIARES SÃO ESCOLHA NOSSA OU DELES
?
Sabemos que a família é a grande
oficina de aprimoramento humano; felizes daqueles que já conseguem compreender
isso e, se esforçam ao máximo para se reajustar com os que hoje participam mais
próximos da sua evolução. Dentre outras coisas ela reforça o sentimento de
compromisso para com os filhos; embora predominem as preocupações com as
necessidades materiais.
Estamos
compromissados pelas relações do passado. Compromisso é diferente de
determinismo; ele é flexível, pode sofrer mudanças à medida que desejemos;
respeitadas as condições evolutivas dos envolvidos; também podem ou não serem
cumpridos (os imaturos não costumam cumpri-los apenas adiam-nos).
Na
constituição das famílias, a aproximação entre os que vão participar dela se
faz de forma voluntária ou pela sintonia num processo de imantação (atraímos e
influenciamos os semelhantes, mesmo sem o desejarmos).
Então
será escolha ou fruto das escolhas anteriores?
E
por que não nos lembramos?
A importância do esquecimento do
passado é vital para a continuidade do progresso, mesmo que
em certos momentos usemos o argumento da injustiça de sofrermos consequências
de escolhas das quais, para nosso próprio bem, não recordamos. Ele é uma forma
de perdão; pois sem ele a harmonia e o amor jamais seriam alcançados. Seria
impossível a um pai conviver com um filho sabendo que em Eras passadas o espoliou
de todos os bens e até tirou-lhe a vida. Os sentimentos mais prováveis seriam:
ódio, ressentimento e desejos de vingança; nenhum alquimista conseguiria do
atrito da consciência de culpa e remorso do filho com o ódio e ressentimento do
pai fazer brotar o amor na sua plenitude, caso não dispusesse do concurso do
tempo, do esquecimento do passado e de novas oportunidades.
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